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Profissionalizando a Demolição: Bruce Sherman sobre Segurança e Como Falar a Respeito

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Bruce Sherman, Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Sessler Companies, conversa com Leila Steed sobre a profissionalização contínua do setor de demolição, o foco crescente em segurança e por que é essencial que os empreiteiros se manifestem mais.

Bruce Sherman, Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Sessler Companies Bruce Sherman, Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Sessler Companies. (FOTO: Sessler)

Nos últimos anos, a indústria da demolição passou por transformações significativas, impulsionadas principalmente por um esforço conjunto em direção à profissionalização contínua e ao aprimoramento das medidas de segurança.

Em entrevista exclusiva à D&Ri, Bruce Sherman, Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Sessler Companies, afirma que um dos avanços mais notáveis foi a ampla aceitação das normas de segurança, que, em sua opinião, realmente se consolidaram no setor na última década.

“É incrível como a indústria mudou”, observa Bruce.

“Historicamente, a segurança era frequentemente vista como uma preocupação secundária, mas agora tornou-se um foco principal, graças a iniciativas como os cursos de supervisores de demolição certificados pela National Demolition Association (NDA), a criação do Manual de Segurança de Demolição da NDA e inúmeros documentos técnicos sobre as melhores práticas desenvolvidos por profissionais do setor.

“Esses cursos e recursos não são apenas para orçamentistas ou gerentes de projeto, mas foram desenvolvidos para as equipes de campo que enfrentam desafios diários e têm a responsabilidade de implementar as melhores práticas e os protocolos de segurança.

“São as nossas equipes de campo que realizam o trabalho de fato e que estão vivenciando os desafios no que diz respeito a métodos e práticas de segurança”, observa Bruce.

Bruce acredita que, ao abordar essas preocupações diretamente, o setor está ativamente "melhorando suas práticas". Essa mudança, acrescenta ele, está ajudando a elevar o perfil da demolição como um setor sério e profissional.

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Uma parte fundamental dessa profissionalização é o esforço para criar trajetórias de carreira específicas para demolição, que, até recentemente, eram em grande parte agrupadas na construção civil em geral.

“A demolição sempre foi essencial e vital, mas era tratada como uma subcategoria”, explica Bruce.

Agora, com iniciativas como a certificação de técnico de demolição da NDA em desenvolvimento, ele vê o setor caminhando na direção certa. “É ótimo ver a demolição sendo reconhecida como uma área própria. É uma parte crucial da construção, mas com seus próprios desafios e habilidades específicas.”

No entanto, Bruce admite que a percepção pública está demorando a acompanhar essa mudança. Embora os profissionais do setor estejam bem cientes dos avanços, o público em geral ainda costuma enxergar a demolição de uma forma mais tradicional.

Vista aérea de escavadeiras demolindo uma estrutura no canteiro de obras do projeto Leyton da Sessler. Bruce afirma que mais empresas de demolição estão reconhecendo a importância de mostrar seu trabalho e interagir com o público. Foto aérea do canteiro de obras do projeto Layton da Sessler. (FOTO: Sessler)

“As pessoas costumam ver a demolição apenas como a destruição de edifícios”, diz Bruce, mas com o foco crescente do setor em sustentabilidade, reciclagem e responsabilidade ambiental, ele sabe que há uma história muito mais complexa para contar.

“As empresas de demolição sempre estiveram na vanguarda da reciclagem de materiais – muito antes de as regulamentações exigirem isso”, destaca ele.

Na verdade, Bruce estima que, na demolição de pontes, por exemplo, até 99% dos materiais — como concreto, vigas de aço e vergalhões — são reciclados.

Bruce é um defensor apaixonado da mudança da narrativa em torno da demolição, tanto dentro do setor quanto na opinião pública. Uma área em que ele acredita firmemente é a necessidade de os empreiteiros divulgarem mais o bom trabalho que realizam.

Ao assumir as responsabilidades de marketing da Sessler Companies, ele percebeu um forte contraste entre a forma como as empresas de demolição operavam e como se apresentavam.

“Muitas empresas de demolição não se preocupavam muito com seus sites ou imagem pública. Algumas não atualizavam seus sites há anos”, ele lembra. Mas isso está mudando.

Cada vez mais empresas reconhecem a importância de apresentar seu trabalho e interagir com o público.

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“É empolgante ver empresas começando a investir em marketing”, diz Bruce, que acredita que dar mais visibilidade às contribuições do setor ajudará a mudar a percepção pública.

Embora reconheça que parte do desafio reside em lidar com as reações emocionais que frequentemente acompanham projetos de demolição, especialmente quando se trata de estruturas icônicas ou com valor sentimental.

“As pessoas sentem uma ligação com os edifícios antigos, seja uma escola que frequentaram ou uma fábrica onde o avô trabalhou”, diz ele, acrescentando que é importante que as empresas se envolvam com essas comunidades e expliquem os aspetos positivos da demolição.

Escavadeiras Sessler demolindo uma ponte Bruce estima que, na demolição de pontes, até 99% dos materiais — como concreto, vigas de aço e vergalhões — são reciclados. (FOTO: Sessler)

Apesar desses desafios, Bruce está otimista em relação ao futuro. Ele vê a crescente profissionalização do setor como uma forma não só de melhorar a segurança e a eficiência, mas também de atrair novos talentos.

“Durante muito tempo, a demolição foi algo em que ou se nascia ou se envolvia por acaso”, diz ele, referindo-se às muitas empresas familiares, como a Sessler Companies, que dominam o setor.

Agora, com trajetórias de carreira mais claras e maior visibilidade, ele espera que mais pessoas vejam a demolição como uma carreira viável e de longo prazo.

Olhando para o futuro, Bruce está confiante de que a Sessler Companies — e o setor como um todo — continuarão a prosperar, adaptando-se aos novos desafios, principalmente em áreas como a sustentabilidade ambiental.

Com um número crescente de clientes focados em projetos de baixo carbono e exigindo a reciclagem de materiais provenientes de demolições, Bruce acredita que o setor está bem posicionado para liderar a transição para práticas sustentáveis. "Reciclamos materiais há anos, então, de muitas maneiras, já estamos à frente do nosso tempo."

À medida que o setor de demolição continua a evoluir, Bruce é categórico em um ponto: os empreiteiros precisam assumir a responsabilidade por seu papel no cenário mais amplo da construção civil. "Temos uma grande história para contar", afirma. "Está na hora de começarmos a contá-la."

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